Simplesmente divertido

terça-feira, 14 de julho de 2009
Hoje encontrei perdido no meu HD de backup, o primeiro game 3D que fiz, há un 1 ano quando comecei a estudar GameDev. Este jogo é para celulares feito em JAVA e simula a velha brincadeira de fincar uma faca entre os dedos com a mão apoiada sobre a mesa.
O jogo move a faca em arco variando o raio, ora mais perto das extremidades dos dedos, ora mais perto do centro da mão. O jogador tem então 30 segundos para fincar a faca na mesa o maior numero de vezes possível. A cada acerto, soma-se 1 segundo ao tempo de jogo, a cada erro, subtraem-se 2 segundos do tempo de jogo. Obviamente o jogo emite gritos de dor quando um dedo é atingido e o vibrador do celular é ativado por uma fração de segundo.

Eu pensava ter perdido este game durante um particionamento mal sucedido no meu notebook.
Depois de enxugar as lágrimas dos olhos (eu me emocionei ao reencontrar meu primeiro game!).
Perdi uns minutos jogando no emulador e pesando na simplicidade desta idéia. Quase me surpreendendo de quão divertido este game é. Uma brincadeira tremendamente simples tornou-se um game divertido de jogar. E isso é basicamente o que importa para o jogador. Diversão!

Não adianta um game com gráficos arrasadores se não tiver um gameplay divertido! Em muitos casos menos é mais. Antigamente, não era possível ter os gráficos que temos hoje e não haviam recursos computacionais para simulações físicas complexas tais como vemos nos jogos atuais.
Nessa época, os jogos valiam a diversão que ofereciam. Vai dizer q nunca passou uma tarde inteira jogando Enduro, pitfall ou Pac-man ? Lembre-se como eram toscos (visualmente) mas como eram divertidos estes games!

Vamos fazer uma comparação tosca, Assassins Creed Versus Tetris. Claro que se compararmos gráficos tetris nem entra na disputa, mas e quanto ao desafio ? E diversão ? Assassins Creed é um jogaço, mas depois da segunda ou terceira "missão" você começa a ver que todas vão ser iguais...
O jogo não te desafia (apesar de ainda ser um bom jogo! Não me crucifique!), enquanto cada partida de tetris é nova e imprevisível!

No game que estou desenvolvendo atualmente, me deparo em momentos onde ainda não decidí como certas ações serão feitas pelo jogador. Com certeza, o ponto de partida para decidir será respondendo a pergunta: "Como fica mais divertido ?"
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O primeiro game – 5 dicas para começar

quinta-feira, 9 de julho de 2009

Todo geek ama video-games! Como todo bom geek, eu sempre quis criar meus próprios games. A estrada para a criar games é árdua, longa e a curva de aprendizado é grande. Por isso, para aqueles que querem começar , aqui vão dicas para evitar que seu primeiro game vire um vaporware:

1 – Não morda mais do que consegue mastigar

Não comece tentando fazer um clone do seu jogo preferido! Ele certamente foi feito por uma equipe enorme de profissionais experientes trabalhando full time e com recursos adequados. Seja realista, se você não tem experiência com 3D, comece com 2D ou modo texto. Saiba até onde você pode chegar com o conhecimento que tem. Obviamente todo projeto tem um desafio e algo que precisamos aprender durante o percurso. Questione-se se o volume de conhecimento que você precisa obter para concluir seu projeto, é razoável. Não adianta planejar algo que você precise estudar 1 ano para conseguir começar. Uma boa idéia é começar com jogos clássicos como pedra-papel-tesoura , jogo da velha ou tetris.

2 – Comece com Demos

Um game é composto de muitos elementos. Quando possível , faça pequenos projetos para aprender cada elemento separadamente. Por exemplo, lembra de Resident Evil 1 ? Esse game não permitia que o jogador movesse a câmera, ao invés disso, mudava o ângulo da câmera automaticamente de acordo com a posição do personagem no mapa. Se seu game utilizará esse recurso, faça um demo antes para entender melhor como funciona esse mecanismo. Isso evita que você polua o código do projeto completo com código de algo que você ainda está estudando.

3 – Planeje!

Por mais simples que seja o game, faça um documento de como ele deve funcionar. Descreva o gameplay, sistema de contagem de pontos, teclas utilizadas para controlar o jogador, condições de vitória, derrota e etc. Quando você documenta o seu game, vai perceber que ao contrário do que imagina, você não sabe exatamente como vai funcionar cada parte.Durante o projeto este documento servirá de guia, e você saberá exatamente em que parte do game estará trabalhando, quais estão prontas quais ainda serão feitas. Além disso, documentar o game permite que outras pessoas possam te ajudar no projeto, já que o conceito não está só na sua cabeça.

4 – Participe da comunidade

Ao contrário de Chuck Norris, nós meros mortais, não sabemos tudo e sempre precisaremos de ajuda em algum momento. Participe de forums sobre GameDev, Um bom começo é o www.gamedev.com.br.

5 – Não parta do Zero

Não gaste tempo fazendo o que você pode obter pronto com a comunidade ou com o oráculo (leia-se Google). Se seu game precisa de um emissor de partículas e você não sabe como fazer um, consiga um pronto na internet e utilize! Não estou dizendo que você não deve aprender como funciona um emissor de partículas, mas para que seu primeiro game saia do papel, você precisará manter o foco no que interessa: o game. Isso se aplica a tudo, física, networking, AI, GUI e etc. Para seus primeiros games, faça o mínimo de código que não se aplique diretamente ao gameplay. Assim seu projeto ganha vida com menos esforço e você não desanima!

Como dizia o tio Ben: “Grandes poderes trazem grandes responsabilidades”. Tome cuidado para deixar nos fontes as referências do autor (nome, email, site onde conseguiu) do código que você está utilizando. Obviamente, não é por utilizar algo que já está pronto, que você deve se acomodar. Reserve um tempo para estudar o código que pegou e aprender a fazer um demo (dica 2) com sua própria implementação.

Bom começo!



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